sexta-feira, agosto 29, 2014

SYDNEY, procurando Nemo

Minha amiga Telma aproveitou uma oferta de passagem aérea e fez uma super viagem pela Austrália.
Ofereci um "puxadinho" aqui no  blog pra ela contar suas aventuras e ela aceitou. \o/
Aí está o primeiro capítulo da viagem da Telma e da Cláudia:

Até março de 2014 eu nunca tinha pensado em ir pra Austrália, foi quando um post do blog Melhores destinos, no twitter, fez meus olhos brilharem. Os 140 caracteres anunciavam Sydney, pela Qantas, por mil dólares. Então, quase de brincadeira, escrevi um SMS pra alguns amigos: “Vamos pra Austrália?” A maioria respondeu, obviamente, que não. Como assim ir pra Austrália de uma hora pra outra? Mas a Cláudia, que também nunca havia pensado no assunto, gostou da ideia. Naquele momento, a três meses da Copa, reinavam previsões catastróficas sobre o Brasil. Não teríamos estádios prontos, o transporte público não seria suficiente, não saberíamos nos comunicar com os gringos e toda uma série de especulações sobre a nossa apregoada incapacidade de realizar um grande evento. A nossa famosa (entre os brasileiros) incapacidade para quase tudo... Dessa série, a mais propagada era a inépcia de nossos aeroportos, que certamente travariam. Quando dissemos que viajaríamos na véspera da abertura da Copa, algumas pessoas ficaram chocadas com a nossa coragem de enfrentar o Caos. Eu mesma em algum momento cheguei a pensar: “ih, acho que fizemos uma cagada”. E que bom que a fizemos! Chegado o dia 11 de junho, depois de dez minutos de fila para fazer o check in (nos dizíamos perplexas: cadê o caos?) estávamos prontas para conhecer Sydney, nosso primeiro destino australiano.

Saímos de SP às 20h do dia 11/06 e, depois de passar por Santiago, chegamos a Sydney às 6h do dia 13. Após mais de 20 horas em trânsito, eis que estávamos na Austrália, com um fuso horário 13 horas à frente. Chegamos ao hotel muito cansadas, mas com uma vontade de explorar os arredores maior que o cansaço. E lá fomos nós. Andamos meio a esmo e fomos fazendo a programação daquele dia, que achávamos perdido por conta do jet lag, ali na hora. O primeiro grande cartão postal visitado foi a Sydney Tower, no coração da cidade. A visão de 360 graus, a 300m de altura, foi espetacular. Lá na entrada da Tower compramos os tickets de algumas das atrações que visitaríamos nos próximos dias. Mas calma, ainda estávamos na hora do almoço e nosso pique não tinha acabado.

Sydney Tower vista de longe

Depois, continuamos nossa andança e fomos parar no Sydney Opera House, que não me era totalmente desconhecido, afinal eu tinha assistido muitas vezes o filme Procurando Nemo. É, eu sei, a referência não é das mais cultas, mas foi do Nemo que eu  me lembrei enquanto nós circundávamos o Opera House (até esqueci que o prédio era assinado pelo mesmo arquiteto do Guggenheim). O endereço mais famoso da Austrália, “P. Sherman, 42 Wallaby Way, Sydney”, não existe, por isso, não encontramos o Nemo nesse primeiro dia, mas ele virá, não desanime. Passamos parte significativa da tarde em torno do Opera, um lugar onde pra todo lado que se olhe só se vê beleza, incluindo a famosa Sydney Harbour Bridge. Por volta das 16hs, nosso cansaço começou a aparecer... No retorno para o hotel, ainda tivemos tempo – era no caminho – de conhecer o Hyde Park, por onde passaríamos muitas vezes nos seis dias em Sydney. Também no caminho de casa, encontramos o Australian Museum, outro que estava na nossa lista, mas que era absolutamente inviável naquele dia.

Opera House visto do ferry boat (passeio de dias depois)

Chegamos ao hotel, tomamos nosso primeiro banho desde muitas horas e fomos dormir. É, nossa primeira noite de sono australiana começou um pouco mais de 5h da tarde. Verdade seja dita, já havia escurecido lá fora, afinal estávamos no inverno. Fomos dormir felizes: aquele dia que contávamos perdido tinha sido muito produtivo. Acordei por volta das 2h30 da madrugada com uma fome de comer um canguru inteiro. Desci do meu beliche tomando o maior cuidado para não acordar a Cláudia, que, acordada, estava com a mesma fome que eu, com a diferença de que, diferentemente de mim, ela jamais comeria um canguru. Nossa fome era justificável: era hora do almoço no Brasil! Comemos umas guloseimas compradas no Woolloomooloo - aquele se tornaria o nosso supermercado favorito na Austrália – e tentamos fazer a “sesta”, mas o sono não veio. Às 6h, estávamos de pé, ansiosas por um novo dia em Sydney.
Nos dias seguintes, tivemos uma programação diurna intensa e quase nenhuma programação noturna. Exceto pelo último dia, em que demos uma de boêmias e chegamos ao hotel às (inacreditáveis) 23h. Bem, mas deixemos o fim paro o fim. Nesses dias todos, fomos a alguns museus muito legais: Australian Museum, cujo ponto alto pra mim foi a exposição interativa – isso mesmo, interativa – de fósseis de dinossauros. Achei um pouco parecido com o Museu de História Natural, de NY, mas bem menor e mais tecnológico; Hyde Park Barracks, uma antiga prisão construída pelos próprios condenados e que, posteriormente, se tornou um abrigo para mulheres – lá, os ratos são os guias; Museum of Contemporary Art, que fica no “The Rocks”, o bairro mais legal de Sydney, com feiras de arte e bugigangas, que lembram muito o clima da nossa tradicional feira da Praça Benedito Calixto, em SP.

Homem e seu cão (Australian Museum)

Além dos museus, andamos muito pra cima e pra baixo, muitas vezes só pelo prazer de andar pela parte central de Sydney, que sempre nos levava à região portuária: Circular Quay e Darling Harbour são os pontos altos. São muitas as atrações, entre as quais o Fish Market, o Chinese Garden, o Sea Life Sydney Aquarium e o Wild Life Sydney. Destes, o destaque positivo é o Aquarium, que deixa adultos e crianças encantados. Já o Wild Life nos pareceu bem propaganda enganosa... de wild, só tinha o preço.
Pra encerrar este post, que já está longo demais, vamos à praia. Não conseguimos fazer o caminho de 6km que percorre Bondi Beach e outras praias próximas, mas fomos até Bondi e conhecemos a famosa piscina de um hotel, alimentada pela água do mar. Além disso, pegamos um barco e fomos até Manley, que fica do outro lado da baía. Lá, fizemos uma trilha de umas duas horas – contando com o tempo de parada para conferir o mapa e pedir informações – até chegar a um mirante de onde se observam baleias. Infelizmente, não vimos nenhuma, mas o caminho valeu cada passo.
No próximo post, conto como foi nossa viagem em busca da Grande Barreira de Corais, em Cairns.

Texto e fotos de Telma Maciel

segunda-feira, agosto 18, 2014

Jerash

Colunas do Templo de Artemis - Jerash/Jordânia
Foto: Ana Oliveira
Podem me julgar: eu nunca tinha ouvido falar em Jerash... Pra mim, Jordânia sempre significou Petra e ponto!
E confesso que o nome Jerash passou batido para mim quando o vi escrito no roteiro da Turimagia – a agência espanhola que nos vendeu o pacote para a Jordânia.
Pra completar, o tal passeio às ruínas foi programado para o último dia da nossa estada em terras jordanianas.
Encantada com as emoções de Petra, Mar Morto, Wadi Rum, Aqaba, castelos, isso e aquilo, só na véspera do dia marcado para a visita é que fui procurar saber o que nos esperava. E caí no lugar certo: esse post da Mari Campos, Jerash, a Pompeia do Oriente, que estava guardadinho no meu arquivo, mas que eu não tinha lido com atenção ainda.
O dia começou com uma visita à Fortaleza de Ajloum. Em seguida, veio o filé mignon: as ruínas da antiga cidade romana.

Foto: Ana Oliveira

Conduzidos por Sufian, o nosso guia/professor, circulamos pelas praças, arcos, teatros e templos milenares, ouvindo histórias e imaginando como teria sido a vida naquele lugar.
O ponto alto da visita foi o Templo de Artemis, com suas colunas de altura estonteante, que – juro! – balançam ao com a força do vento. Sufian usou um pequeno artifício para nos mostrar o movimento das gigantonas e Ana fez um clipezinho pra comprovar. Olhaí:


Demos a Jerash o segundo lugar no nosso ranking da viagem. O primeiro foi conferido a Petra!
As andanças pelo terreno acidentado de Jerash nos deixaram famintos e ficamos encantados quando o guia anunciou a hora – tardia – do almoço. A pouca distância do sítio arqueológico, está o Artemis Restaurant que, se não tem comida excepcional, compensa qualquer falha servindo toneladas de pão árabe quentinho, recém saído de um forno de pedra que se vê logo na entrada do restaurante. Delícia!

Quer ver mais um pouquinho do nosso olhar sobre a "Pompeia do Oriente"? Aí estão minhas fotos: 

Quer uma descrição pormenorizada, apaixonada e poética de cada pedacinho de Jerash? Leia o post completíssimo do Arnaldo:
Pra ter ideia do tamanho do lugar:

domingo, agosto 17, 2014

Caminho líquido


Foram 20 dias e 19 noites...
Saímos do Rio de Janeiro, passamos embaixo da nossa janela em Santos e seguimos viagem.
Ainda no Brasil, circulamos um dia pela velha Salvador.
Depois... 5 dias no mar. Cansou? Não! Nem sentimos, era tanta festa, tanta noite de gala, tanta comilança, tanta leitura, tantas idas ao cassino, tantos drinks, tantos pores de sol, tanta atividade que, quando demos por nós, estávamos atracando no porto de Bridgetown, em Barbados.


Daí foi uma sucessão de dias no mar e dias em terra. Teve Grenada, com sua grande produção de noz-moscada; Curaçao, simpática, surpreendendo os turistas com uma bela ponte deslizante; Aruba, com direito a cervejinha na Nikki Beach, pertinho do porto de Oranjestad; encontro com o gigante Allure of the Seas, no inusitado porto de Falmouth, na Jamaica; praia de água azulzinha no Royal Palms, em Georgetown/Grand Cayman e, finalmente, Miami numa manhã chuvosa. 
Tudo visto rapidinho, no ritmo que um cruzeiro permite: chegada de manhã e saída no final da tarde.
Internet? Só em terra. No navio os preços eram impraticáveis!
Entre um porto e outro, fomos nos inteirando do que acontecia de bom e de mau pelo mundo afora: aviões acidentados, mortes, casamento... Sempre uma surpresa!
Pra ver como foi tudo, é só dar uma olhada aí nesse álbum de fotos tiradas e postadas durante a viagem, no calor da hora, mesmo. Funciona quase como um diário...

Clique para ver o álbum-diário da viagem