sábado, outubro 15, 2011

O L'Hotel Porto Bay visto de perto

Uma vez ou outra, Ana e eu resolvemos experimentar algum bom hotel em São Paulo, sempre na busca do lugar ideal para comemorar as coisas boas da vida.
E dessa vez tínhamos muito a comemorar: nossos aniversários, o final do episódio vesícula/pancreatite e ainda o dia do professor.
Escolhemos o L'Hotel Porto Bay para esses festejos.
A reserva foi feita na véspera, através do Hoteis.com. Aproveitamos um cupom de desconto e a diária salgadinha ficou um pouquinho mais palatável.
Já no check in um pequeno incidente: não encontravam a nossa reserva. Foi preciso acionar o iPod com a confirmação e esperar uns incômodos minutos até que alguém resolvesse a questão. 
O hotel prometia - e cumpriu - café da manhã, internet wi fi e estacionamento incluídos na diária. 
Lençóis e toalhas de ótima qualidade e amenities da L'Occitane, também estavam lá nos seus devidos lugares.
Mas o que a gente não esperava era ter essa vista da janela:
Logo nós que adoramos uma vista bonita...
Outra surpresa: nosso quarto era daqueles que se comunicam com o quarto contíguo através de uma porta.... Sim, ela estava trancada! Mas isso não impedia que a gente participasse de todas as conversas que nossos vizinhos travavam e vice-versa, certamente. Mais, eles tinham uma incurável tosse noturna. Dá pra imaginar? 
Tá certo, o hotel não tem culpa da construção de um shopping bem ao lado de suas janelas e nem da tosse ou da voz aguda de seus hóspedes. Mas com o hotel semi-vazio, como constatamos depois, não custava "espalhar" mais os hóspedes e escolher os quartos com vistas mais agradáveis para acomodá-los. Apenas uma questão de atenção. Não custa nada e agrada o cliente. 
Dizer que o quarto é pequeno seria mentira. Mas o espaço de circulação é estreito. Olhaí:
Pequeno mesmo é o banheiro. O vaso sanitário fica tão próximo da pia que até o papel higiênico fica escondidinho embaixo dela...
Delícia é o chuveiro. Uma senhora ducha! Pena que que o ralo seja insuficiente para esgotar a capacidade de água que ela jorra... Chato também é ter que encarar a velha, boa e ineficiente cortina no chuveiro... Ai que saudades do blindex!
Posso falar? Eu tenho um nojinho de cortinas de box...
O release do hotel falava também em roupões de banho e sandálias havaianas. Havia, sim! UM roupão tamanho P, que não abrigava o corpinho de nenhuma de nós duas, e UMA havaiana tamanho 43/44, grandinha até pra Ana que calça alguns números a mais que eu...

E pra completar o rol de reclamações - chata, eu? - ainda havia o antiquado espelho do interruptor precisando de limpeza, uma e outra manchinha no carpete e instalações elétricas meio precárias...


E a governanta que bateu na porta às 22h, quando já estávamos nos preparando para dormir, para ver se precisávamos de novas toalhas e trazer a previsão do tempo acompanhada de dois mini chocolates da Kopenhagen?
Fizemos um passeito pelas instalações do hotel e demos com uma piscininha sem graça no último andar. Um fitness center razoável e duas belas banheiras de ofurô.
Banhos de ofurô são grátis e devem ser marcados com antecedência, nos disse a recepcionista local. 
E o café da manhã não apresentou surpresas... nem para o bem, nem para o mal. Itens de ótima qualidade e  pouca diversidade, servidos num ambiente bonito, com janelas para o lado contrário do nosso quarto. Bem melhor, viu? Nota dez para a variedade de queijos. Mamão e figo chegaram à mesa de frutas bem depois de nossa passagem por ela. Notinha baixa para o café - ou seria para o garçon? - que foi servido diretamente na xícara enquanto ainda comíamos as frutas.
No check out nos perguntaram se tudo correu bem durante a nossa estadia. Lavramos nossos protestos, claro! O recepcionista apenas pediu desculpas...

sexta-feira, outubro 07, 2011

Europa 2011: transportes


Eu sempre gosto de saber como os viajantes se locomovem pelo mundo afora. Avião, trem, ônibus, bicicleta, riquixá...
É sempre bom ter notícias atualizadas e opiniões abalizadas sobre isso, né?
Então, aqui vai minha contribuição para os que também buscam esse tipo de informação.
Em julho estivemos sassaricando entre Madri, Viena, Budapeste, Praga, Faro e Lisboa. Dá pra imaginar o périplo?
As passagens intercontinentais foram emitidas pela Aerolíneas Argentinas. O voo incluía escala em Buenos Aires, com troca de aeroporto: chegada pelo Aeroparque e partida de Ezeiza.
Fizemos a compra antes da erupção do Puyehue - o vulcão chileno que atrapalhou as férias de muita gente no inverno de 2011.
Escolhemos a Aerolíneas pelo preço e incluimos no plano de despesas o translado entre os aeroportos. Mas - olha a surpresa! - com um pouco de paciência, conseguimos um transporte patrocinado pela própria companhia aérea. Como? Bem, primeiro enfrentamos uma fila na loja da Aerolíneas para pegar um voucher. Depois outra fila no balcão da Manuel Tienda León, empresa que faz o transporte. E por último a fila para esperar e entrar no ônibus. E nem preciso contar que tudo era beeem desorganizado!  Mas como não tínhamos nada pra fazer mesmo...
A volta já foi bem mais tumultuada, como eu contei aqui. Culpa do vulcão? Nem só...
Em Madri, nosso transporte oficial é o metrô, sempre. Do aeroporto ao centro e vice-versa e pra um ou outro passeiozinho mais longe do hotel. Nessa viagem, como carregávamos uma mala em lugar das tradicionais mochilas, prestamos mais atenção às escadas rolantes ... e sentimos muita falta delas em algumas estações.
Entre Madri e Viena, viajamos pela Air Berlin, uma low cost bem decente. Já a conhecíamos de outros carnavais e não tivemos nenhuma decepção. O preço dos bilhetes foi o melhor que encontramos para o trecho - 90 euros por pessoa - e assim ficou definido que começaríamos a conhecer o leste europeu pela capital da Áustria.
Entre o aeroporto de Viena e o centro, usamos o serviço de ônibus da Vienna Airport Lines, que funciona bem e não é caro: por 7 euros chegamos rapidinho à Westbanhof, pertinho do nosso hotel.
Ainda no aeroporto, compramos o ticket "72 Stunden Wien", que incluía ônibus, metrô, bonde - que dá voltas incríveis - e trem. Tudo integrado e fácil, por 13,60 euros, durante 72 horas. E usamos bastante.
Próximo destino Budapeste. Optamos pelo ônibus da Orange Ways - a 15 euros por cabeça, com wi fi a bordo -  depois de pesquisar horários e preços dos trens.
O ônibus saiu pontualmente da estação Praterstern (numa avenida tranquila atrás da estação) e nos deixou em  Budapeste ao lado da estação Népliget, na linha azul do metrô. Dali é um pulo pro centro. E o metrô aceita cartão de crédito para a compra dos bilhetes, uma mão na roda pra quem está chegando do mundo do euro, sem um mísero forint húngaro no bolso.
Em Budapeste, além do metrô, usamos o bonde 2, que faz um trajeto bonito pela margem do Danúbio.
Rumo a Praga. Mais uma viagem, a 20 euros, pela Orange Ways. Saímos da mesma estação Népliget e, dessa vez, houve um bom atraso na saída. O trajeto é longo, as paradas curtíssimas e o wi fi não funcionou... Chegamos de noitão à estação Florenc, em Praga. 
E aí o bicho pegou. O metrô não aceita cartão. As placas informativas são poucas. Mas nós conseguimos, como eu contei aqui.
Em Praga, pra circular pela parte histórica, não é necessário o uso de transporte, exceto pra subir ao castelo. Fomos duas vezes, com o bonde 22. Só se entra no bonde com o bilhete em mãos.  Ao comprá-lo é preciso decidir qual tempo de validade dele. Compramos os nossos numa loja de revistas perto do hotel, com validade de apenas 30 minutos, porque só usamos para a ida. Voltamos a pé. 
E também usamos  o funicular, em Budapeste para ir ao Castelo e em Praga,  para subir ao bairro de Petrín.
Saímos de Praga por via aérea e para chegar ao aeroporto usamos os ótimos serviços da Prague Airport Transfers, que nos custou 23 euros. A reserva pode ser feita por e-mail e a confirmação é rapidinha. Dica do Riq Freire.
Nosso próximo destino era Faro, no sul de Portugal. Chegar lá sem gastar o salário do mês foi o nosso maior desafio. Fizemos um sem número de simulações de voos e acabamos optando por um tour de três voos: Praga/Milão/Porto pela Easyjet, com intervalo de mais ou menos 3 horas no aeroporto de Malpensa, em Milão (175 euros por pessoa). E, na manhã seguinte, Porto/Faro pela Ryanair (41 euros por pessoa).
A Easyjet já era nossa velha conhecida e não nos surpreendeu em nada. Saiu tudo como o esperado. E ainda aproveitamos a lojinha a bordo pra comprar baterias extras para nossos iPods.
Na Ryanair éramos estreantes e aprovamos o serviço. Cumprimos a nossa parte e eles cumpriram a deles.
Nessas low cost a bagagem de mão é limitada a 10 kg e para despachar bagagem é preciso pagar taxa antecipada. Hard!
Esse trajeto maluco nos proporcionou uma noite no Porto e a oportunidade de conhecer o novo - e lento - metrô da cidade. A linha que leva do aeroporto ao centro tem intervalo de 20 minutos entre as partidas e vai se arrastando pela caminho num sem fim de paradas. Haja paciência!
Em Faro, alugamos um carro, já reservado anteriormente na Air Auto. Bom preço: 108 euros por 4 dias de locação. Um Nissan Micra em estado razoável, com ar condicionado. A maior dificuldade foi encontrar o quiosque deles, que fica no meio de um dos estacionamentos do aeroporto.
Na única vez em que usamos táxi em Faro, tivemos uma experiência desagradável. O motorista deu piti porque faríamos uma corrida pequena: do aeroporto ao centro da cidade... Descemos, deixamos o mal educado falando sozinho e fomos de ônibus mesmo!
De Faro viajamos até Lisboa de trem a 22 euros por pessoa. Compramos os bilhetes pela net, antes de sair do Brasil.
De Lisboa voltamos a Madri, nosso ponto de chegada e de partida.
Planejamos a viagem pelo Trem Hotel Lusitânia, nosso velho conhecido. De outras vezes fizemos a viagem e curtimos muito. Dessa vez, nem tanto... O velho trem precisa de manutenção e mais cuidados com a limpeza. A viagem custa 104 euros em cabine com duas camas e café da manhã incluído. Sai de Lisboa às 22h30 e promete chegar a Madri às 09h03 do dia seguinte. Mas nesse dia atrasou...
Foto: Ana Oliveira