sexta-feira, outubro 07, 2011

Europa 2011: transportes


Eu sempre gosto de saber como os viajantes se locomovem pelo mundo afora. Avião, trem, ônibus, bicicleta, riquixá...
É sempre bom ter notícias atualizadas e opiniões abalizadas sobre isso, né?
Então, aqui vai minha contribuição para os que também buscam esse tipo de informação.
Em julho estivemos sassaricando entre Madri, Viena, Budapeste, Praga, Faro e Lisboa. Dá pra imaginar o périplo?
As passagens intercontinentais foram emitidas pela Aerolíneas Argentinas. O voo incluía escala em Buenos Aires, com troca de aeroporto: chegada pelo Aeroparque e partida de Ezeiza.
Fizemos a compra antes da erupção do Puyehue - o vulcão chileno que atrapalhou as férias de muita gente no inverno de 2011.
Escolhemos a Aerolíneas pelo preço e incluimos no plano de despesas o translado entre os aeroportos. Mas - olha a surpresa! - com um pouco de paciência, conseguimos um transporte patrocinado pela própria companhia aérea. Como? Bem, primeiro enfrentamos uma fila na loja da Aerolíneas para pegar um voucher. Depois outra fila no balcão da Manuel Tienda León, empresa que faz o transporte. E por último a fila para esperar e entrar no ônibus. E nem preciso contar que tudo era beeem desorganizado!  Mas como não tínhamos nada pra fazer mesmo...
A volta já foi bem mais tumultuada, como eu contei aqui. Culpa do vulcão? Nem só...
Em Madri, nosso transporte oficial é o metrô, sempre. Do aeroporto ao centro e vice-versa e pra um ou outro passeiozinho mais longe do hotel. Nessa viagem, como carregávamos uma mala em lugar das tradicionais mochilas, prestamos mais atenção às escadas rolantes ... e sentimos muita falta delas em algumas estações.
Entre Madri e Viena, viajamos pela Air Berlin, uma low cost bem decente. Já a conhecíamos de outros carnavais e não tivemos nenhuma decepção. O preço dos bilhetes foi o melhor que encontramos para o trecho - 90 euros por pessoa - e assim ficou definido que começaríamos a conhecer o leste europeu pela capital da Áustria.
Entre o aeroporto de Viena e o centro, usamos o serviço de ônibus da Vienna Airport Lines, que funciona bem e não é caro: por 7 euros chegamos rapidinho à Westbanhof, pertinho do nosso hotel.
Ainda no aeroporto, compramos o ticket "72 Stunden Wien", que incluía ônibus, metrô, bonde - que dá voltas incríveis - e trem. Tudo integrado e fácil, por 13,60 euros, durante 72 horas. E usamos bastante.
Próximo destino Budapeste. Optamos pelo ônibus da Orange Ways - a 15 euros por cabeça, com wi fi a bordo -  depois de pesquisar horários e preços dos trens.
O ônibus saiu pontualmente da estação Praterstern (numa avenida tranquila atrás da estação) e nos deixou em  Budapeste ao lado da estação Népliget, na linha azul do metrô. Dali é um pulo pro centro. E o metrô aceita cartão de crédito para a compra dos bilhetes, uma mão na roda pra quem está chegando do mundo do euro, sem um mísero forint húngaro no bolso.
Em Budapeste, além do metrô, usamos o bonde 2, que faz um trajeto bonito pela margem do Danúbio.
Rumo a Praga. Mais uma viagem, a 20 euros, pela Orange Ways. Saímos da mesma estação Népliget e, dessa vez, houve um bom atraso na saída. O trajeto é longo, as paradas curtíssimas e o wi fi não funcionou... Chegamos de noitão à estação Florenc, em Praga. 
E aí o bicho pegou. O metrô não aceita cartão. As placas informativas são poucas. Mas nós conseguimos, como eu contei aqui.
Em Praga, pra circular pela parte histórica, não é necessário o uso de transporte, exceto pra subir ao castelo. Fomos duas vezes, com o bonde 22. Só se entra no bonde com o bilhete em mãos.  Ao comprá-lo é preciso decidir qual tempo de validade dele. Compramos os nossos numa loja de revistas perto do hotel, com validade de apenas 30 minutos, porque só usamos para a ida. Voltamos a pé. 
E também usamos  o funicular, em Budapeste para ir ao Castelo e em Praga,  para subir ao bairro de Petrín.
Saímos de Praga por via aérea e para chegar ao aeroporto usamos os ótimos serviços da Prague Airport Transfers, que nos custou 23 euros. A reserva pode ser feita por e-mail e a confirmação é rapidinha. Dica do Riq Freire.
Nosso próximo destino era Faro, no sul de Portugal. Chegar lá sem gastar o salário do mês foi o nosso maior desafio. Fizemos um sem número de simulações de voos e acabamos optando por um tour de três voos: Praga/Milão/Porto pela Easyjet, com intervalo de mais ou menos 3 horas no aeroporto de Malpensa, em Milão (175 euros por pessoa). E, na manhã seguinte, Porto/Faro pela Ryanair (41 euros por pessoa).
A Easyjet já era nossa velha conhecida e não nos surpreendeu em nada. Saiu tudo como o esperado. E ainda aproveitamos a lojinha a bordo pra comprar baterias extras para nossos iPods.
Na Ryanair éramos estreantes e aprovamos o serviço. Cumprimos a nossa parte e eles cumpriram a deles.
Nessas low cost a bagagem de mão é limitada a 10 kg e para despachar bagagem é preciso pagar taxa antecipada. Hard!
Esse trajeto maluco nos proporcionou uma noite no Porto e a oportunidade de conhecer o novo - e lento - metrô da cidade. A linha que leva do aeroporto ao centro tem intervalo de 20 minutos entre as partidas e vai se arrastando pela caminho num sem fim de paradas. Haja paciência!
Em Faro, alugamos um carro, já reservado anteriormente na Air Auto. Bom preço: 108 euros por 4 dias de locação. Um Nissan Micra em estado razoável, com ar condicionado. A maior dificuldade foi encontrar o quiosque deles, que fica no meio de um dos estacionamentos do aeroporto.
Na única vez em que usamos táxi em Faro, tivemos uma experiência desagradável. O motorista deu piti porque faríamos uma corrida pequena: do aeroporto ao centro da cidade... Descemos, deixamos o mal educado falando sozinho e fomos de ônibus mesmo!
De Faro viajamos até Lisboa de trem a 22 euros por pessoa. Compramos os bilhetes pela net, antes de sair do Brasil.
De Lisboa voltamos a Madri, nosso ponto de chegada e de partida.
Planejamos a viagem pelo Trem Hotel Lusitânia, nosso velho conhecido. De outras vezes fizemos a viagem e curtimos muito. Dessa vez, nem tanto... O velho trem precisa de manutenção e mais cuidados com a limpeza. A viagem custa 104 euros em cabine com duas camas e café da manhã incluído. Sai de Lisboa às 22h30 e promete chegar a Madri às 09h03 do dia seguinte. Mas nesse dia atrasou...
Foto: Ana Oliveira

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